Seriam cerca de 1.09 bilhão de pessoas tem com algum grau de aversão aos judeus.
O assunto é pouco comentado no Brasil pela grande mídia. Contudo,
especialistas apontam para o silencioso ressurgimento do antissemitismo
na Europa. Os judeus europeus vivem a pior onde de perseguição desde a
2ª Guerra Mundial. Recentemente, a Liga Antidifamação (ADL) fundada em
1913, principal organização do mundo no combate ao ódio contra judeus
divulgou o estudo ADL Global 100: Índice de Antissemitismo, com dados de
102 países, num total de 96 línguas.
Os resultados mostram o
nível e a intensidade do sentimento antijudaico em praticamente todo o
mundo, mesmo que a maioria das pessoas admita não conviver com judeus.
Um número significativo disse sequer
conhecer algum judeu. Um em cada
quatro adultos (26%) demonstra algum grau de antissemitismo.
Proporcionalmente, seriam cerca de 1.09 bilhão de pessoas tem com algum
grau de aversão aos judeus.
O índice no Brasil é de 16%, o que
significaria que cerca de 22 milhões de pessoas nutrem esse tipo de
sentimento. Em escala global, apenas 54% dos entrevistados sabem o que
foi o Holocausto. Sendo que mais de 66% ou nunca ouviram falar do Holocausto ou não acreditam que os relatos históricos sejam corretos.
A conceituada revista Newsweek dedicou matéria de capa
ao assunto algumas semanas atrás, mostrando como um grande número de
judeus estão saindo do Velho Continente rumo a diversos países,
principalmente Israel.
Os historiadores apontam que um século após
o início da Primeira Guerra Mundial, “estopim” do antissemitismo
europeu ao longo do século passado, a perseguição se acirra. São 70
anos desde o Holocausto, e o sentimento contrário aos judeus nunca foi
tão grande desde o fim da Segunda Guerra. Um dos principais motivos
foram os protestos contra a guerra travada por Israel contra Gaza.
Na França, várias sinagogas foram atacadas. O número de judeus franceses que resolveram fazer o “aliyah” – imigração a Israel – cresceu e muito: no primeiro semestre de 2013 foram 811 pessoas, no mesmo período deste ano foram 2.831.
O
Comitê de Segurança Comunitária da Grã-Bretanha mostra que somente em
julho foram cerca de 100 “incidentes antissemitas” no Reino Unido. Na
Bélgica, um franco-atirador matou quatro pessoas no Museu Judaico de
Bruxelas. Na Alemanha, milhares de manifestantes anti-Israel foram
contidos para que não depredassem uma sinagoga. Na Espanha, a federação
judaica espanhola FCJE afirmou que os “preconceitos antigos seguem
existindo e aumentando nos últimos anos, tomando novas formas”.
Na
esfera política esse movimento também pode ser notado. Partidos de
extrema-direita, com uma verdadeira bancada antissemita no Parlamento
Europeu, sendo vencedores nas últimas eleições em países como França,
Grécia, Hungria e Alemanha.
Uma pesquisa da Agência dos Direitos
Fundamentais da União Europeia, publicada em novembro de 2013, revelou
que 29% dos judeus europeus consideraram a possibilidade de emigrar por
não se sentirem mais seguros.
Natan Sharansky, presidente da
Agência Judaica, responsável pelas relações de Israel com as comunidades
da diáspora e organizador de programas de imigração, afirmou à
Newsweek: “O nível de preocupação com a segurança na Europa é maior que
na Ásia ou na América Latina. Esse sentimento de insegurança está
crescendo. É difícil imaginar que na França, Bélgica e muitos outros
países o povo judeu seja orientado a não sair nas ruas usando kipá”.
Com
a invasão da Crimeia pela Rússia e os conflitos bélicos com a Ucrânia,
os judeus praticamente desapareceram. Segundo o jornal Yedioth Ahronoth,
cerca de 70% dos judeus do país já contataram a embaixada israelense sobre pedidos de visto e condições para imigrar para o Estado judeu.
Ao
mesmo tempo, grupos que defendem os direitos humanos estão acusando o
grupo terrorista conhecido como Estado Islâmico, de crimes de guerra. A
Anistia Internacional afirma ter provas que ocorreu uma limpeza étnica
contra minorias religiosas no norte do Iraque e na Síria.
O
relatório de 26 páginas enviado para a ONU relata que o grupo expulsou
cerca de 830 mil cristãos e membros das minorias Yazidi e Mandean de
suas casas. O número de cristãos mortos não foi divulgado, mas estima-se
que pode chegar a 100 mil.
Canon Andrew White, importante líder
cristão de Bagdá, descreve a situação no Iraque como “a pior realidade
da perseguição religiosa no mundo desde o Holocausto.” Ele lembra que
as milícias islâmicas além de matar cristãos (muitas vezes crucificando e
decapitando), estão sequestrando mulheres e crianças. Centenas foram
forçados a se converter ao islamismo para não morrerem. Esse movimento
brutal tem influenciado movimentos parecidos em diversas partes do
mundo, especialmente na África, onde grupos como Boko Haram usam táticas semelhantes.
No início de 2014, Irmão André, fundador do ministério Portas Abertas, comentou sua preocupação com o crescimento da perseguição aos cristãos desde o final do ano passado.
A
rede de TV Fox apresentou um especial de meia hora em horário nobre
sobre o assunto, chamado “Holocausto Cristão”, que gerou forte resposta
dos cristãos americanos, num movimento nas redes sociais chamado
“denúncia da guerra contra cristãos”.
Com informações do Gospel Prime
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